sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Etimologia

E quem então nessa vida é que me há de convencer


que se o Trabuco é neto de um velho Trebuchet,


não seriam também, Ferpas e Felpas primos


e conforme seu caráter,


se mais áspero ou macio,


Ferpudos ou Felpudos


o apelido de seus filhos.


Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Poema no ôbus

O Projeto Poesia no Ônibus é uma das iniciativas surgidas através da gestão participativa e colocadas em prática no governo do ex-prefeito municipal Péricles de Holleben Mello em Ponta Grossa - PR.


Segundo a proposta original, era pra se chamar Poesia no Lombo e distribuir camisetas estampadas com poesias de artistas da região para a população princesina. Eu sei porque ainda tenho em algum lugar o rascunho da ata da reunião do grupo de literatura com o nome sugerido por mim mesmo.


Como os meios políticos regionais continuam tradicionalmente refratários a idéias mais arrojadas ou incomuns (ainda que só no nome), o projeto acabou sendo reformulado para se tornar o atual Poesia no Ônibus, em que, através de concurso municipal, algumas obras são anualmente selecionadas para serem expostas por alguns meses nos coletivos públicos da cidade.


A primeira vez que participei tive selecionada a poesia "Como eu amo você", que está a uns dois ou três posts abaixo, e no concurso desse ano selecionaram a "Poema Oculto", que reproduzo nesse post. É a terceira ou quarta vez que um texto meu será publicado em uma coletânea de artistas locais. Eu sei que isso não é motivo para vangloriar-me, nem é essa minha intenção.


Eu só queria convidar a quem puder pra piar quinta agora dia dez as quatro da tarde na garagem da VCG perto do Fórum comer um pão com xaxixo que o pessoal tá disponibilizando. Não tomem banho nem troquem de roupa a partir de hoje, que vai ter inclusive imprensa de fora cobrindo, diz que.


Link oficial. Valeu Tonhão por lembrar!


Poema Oculto


Ela é totalmente pura

e eu como o calor da neve.


Como a flor da margarida,

como a flor da Margarete.


Como a flor da própria vida,

como vida que derrete...


Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Jargão café-com-leite

Talvez a palavra sem nexo

seja somente reflexo

da identidade perdida.


Da mentalidade caçada,

cansada,

emboscada,

abatida.


O eu,

lutando por sua unidade

na era sem fim das multitudes mundiais.


Talvez seja apenas engodo,

peão e engrenagem no jogo

de manter-se super

estruturas tão banais.


Talvez quiprocó de si mesmo,

o homem caminhando a esmo

resolveu de dar risada...


Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves