ser top model do próprio destino,
da verdade onipresente,
da impotência em revidar.
Viver suas rimas
tão cheias de prosa,
tão ricas,
tão infelizes.
Vai,
interpretar os tais sonhos escolhidos a dedo,
que falar por falar sem falar por si mesmo
é imensa ousadia pra quem nada diz.
Vai,
ao pregão dos leiloeiros do caminho que é sem volta,
já que o valor do lance também pouco lhe importa
quando a vã recompensa são embalos de sábado adeus.
A horta dos sonhos meigos é regada a palavras chulas
e exige bem mais trabalho que a indústria da eterna mesmice.
Então vai você, que eu fico por aqui mesmo,
sabedor que seu vinerlóser não passa de moeda de troca no câmbio da ideologia, analfabeticamente rendido ao mantra:
Muito karma nessa hora...
Paulo Eduardo de Freitas Maciel de Souza y Gonçalves